O
governo anunciou nesta quarta-feira (22) que decidiu revisar a meta
de economia para pagar os juros da dívida – o chamado superávit
primário – para R$ 8,747 bilhões em 2015, o equivalente a 0,15%
do PIB, ante previsão anterior de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB).
Foi anunciado também um corte adicional de R$ 8,6 bilhões no
Orçamento de 2015, totalizando um contingenciamento acumulado de R$
79,4 bilhões nos gastos entre todos os poderes no ano.
"O
governo cortou na carne, por assim dizer”, disse o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy.
Segundo
o ministro, a revisão não significa um relaxamento da politica
fiscal, mas sim "realismo" e "transparência”.
"Nosso objetivo é diminuir a incerteza da economia ao anunciar
uma meta que nós consideramos alcançável e segura. Com isso se
ajuda a orientar as decisões dos agentes econômicos, empresários,
trabalhadores e famílias", destacou o ministro. "Além de
aumentar a carga tributária, nós estamos buscando receitas”,
acrescentou Levy.
A
mudança da meta se deve, segundo os ministros a uma queda na
previsão de receita deste ano. A previsão de receita líquida total
foi reduzida em R$ 46,7 bilhões, para R$ 1,112 trilhão.
A
maior parte da queda está concentrada nas receitas administradas
pela Receita Federal, de R$ 29,5 bilhões, e previdenciárias, de R$
14,7 bilhões.
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